A História do Esporte.
O
Kitesurf que é praticado hoje foi inventado por dois irmãos
franceses: Bruno e Dominique Legaignoix. Os irmãos, que eram
navegadores, surfistas e windsurfistas, desenvolveram uma pipa com
câmaras de ar, em 1984. Uma vez infladas, o ar não escaparia delas,
o que permitia que fossem erguidas novamente da água toda vez que
caíssem, sem precisar de ajuda de terceiros.
A invenção dos irmãos Legaignoix foi patenteada e eles participaram de uma série de regatas internacionais de velocidade com esquis aquáticos para desenvolver o invento nos anos de 1985 e 1986. Em 1993, as pipas, já então desenvolvidas, começam a ser vendidas.
Antes
da invenção dos irmãos Legaignoix, o kitesurf já existia. A
maioria das versões sobre o surgimento das pipas (em inglês, kites)
aponta a China como seu lugar de origem, há mais de 2 mil anos. As
pipas ajudavam a navegação de barcos e o transporte de materiais
pesados de construção.
Por
volta do ano 700, alguns missionários budistas teriam levado pipas
ao Japão, que passaram a ser usadas com alguns propósitos militares
e religiosos, já que seu barulho servia para intimidar inimigos e a
altura que atingiam ajudava na observação de posições distantes.
Na Segunda Guerra Mundial as pipas também foram usadas, dessa vez como mecanismo de defesa contra aviões. O explorador italiano Marco Pólo teria sido responsável por levar as pipas da Ásia para a Europa, em 1295.
O
inglês George Peacock é considerado o pai da tração à pipa por
ter inventado, em 1826, em Bristol, na Inglaterra, uma estrutura em
que as pipas puxavam carroças a velocidades de até 20 km/h. Essa
invenção foi patenteada, mas não evoluiu muito em quase 150 anos,
a não ser pela experiência do americano Samuel Franklin Cody, um
dos pioneiros da aviação, que navegou o canal da Mancha puxado por
uma pipa.
Em
1964, Domina Jalbert, dos Estados Unidos, criou a primeira pipa que
era inflada de ar. Na década de 70, alguns americanos começaram a
usar pára-quedas para puxá-los sobre esquis aquáticos. O holandês
Gijsbertus Panhuise, em 1977, conseguiu patentear um equipamento em
que uma pessoa é puxada por um pára-quedas em uma prancha e, em
1978, um barco movido à pipa, desenvolvido pelo americano Ian Day,
ultrapassa a velocidade de 40 km/h.
Na
década de 80, algumas tentativas de combinar pipas com canoas,
patins, patins de gelo, esquis, esquis aquáticos, entre outros,
foram feitas. Uma delas foi a do suíço Andréas Kuhn, que levantava
da água sobre uma prancha similar à de wakeboard impulsionado por
um equipamento de parapente de aproximadamente 25 m². Ele foi o
primeiro a saltar a grandes alturas com ventos fracos e foi mostrado
pela TV européia.
Em
1998, em Maui, no Havaí, foi disputado o que foi chamado de 1º
Campeonato Mundial, nas modalidades de longa distância, wave e
slalom. Dos 24 competidores, apenas dois optaram pelo kiteski e o
resto usou as pipas infláveis. O americano Marcus Flahs Austin foi o
campeão na classificação geral, com a pipa inflável. Cory
Roeseler, com seu kiteski, ficou em segundo.
O
americano campeão mundial de windsurf, Robby Naish, foi o primeiro
na categoria slalom e a windsurfista japonesa Tomoko Okazaki foi a
campeã feminina, ambos usando a estrutura inflável. O brasileiro
Maurício Abreu, também com a pipa inflável, terminou em sexto
lugar.
No
ano de 2000, foi criado o Kiteboard Pro World Tour, o primeiro
Circuito Mundial de Kitesurf. O campeonato passou por países como
Cabo Verde, República Dominicana, França e Rio de Janeiro. Na praia
da Barra da Tijuca, no Rio de Jasneiro, o francês Christopher Tasti
e a neo-zelandesa Stephanie Gamble se tornaram os primeiros campeões
mundiais. Os franceses Franz Olry e Anne Laure Pegon venceram a etapa
do Rio.
Em
2001, no segundo ano do Kiteboard Pro World Tour, o Rio encerrou mais
uma vez o circuito e ganhou o status de Campeonato Mundial feminino.
Os atletas fundaram a Kiteboard World Association (KWA) e nesse ano
também foi criada a Associação Brasileira de Kitesurf (ABK), que
promoveu o 1º Desafio Brasileiro de Kitesurf, na cidade de Araruama,
vendido por Marcelo Cunha e Daniela Monteiro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário